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Alisson Tavares Rosalino

Doutorando

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, na linha de pesquisa Teoria, História e Crítica em Arquitetura e Urbanismo, com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela mesma instituição (2021). Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Campus Poços de Caldas (2015).

 

Membro do grupo de pesquisa EUCA (Estudos Urbanos: Cultura e Arquitetura). Docente no curso de pós-graduação lato sensu “Patrimônio e Restauro” da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Integra o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Andradas/MG (COMPAC). Sócio fundador do escritório Lorette Associados Arquitetura e Urbanismo, com atuação nas áreas de projeto, conservação e crítica da arquitetura e da cidade.

 

Atua nas áreas de: teoria e crítica da arquitetura, cultura arquitetônica contemporânea, arquitetura contemporânea brasileira, arquitetura culturalista, patrimônio cultural, preservação e restauração de bens edificados.

Pesquisa Atual

Manifestações culturalistas na arquitetura contemporânea brasileira


As Bienais Internacionais de Arquitetura de São Paulo, na virada do milênio, apresentaram uma tendência de multiplicidade de vertentes e linguagens na arquitetura. Essa profusão de movimentos e tendências, sendo apresentadas em um momento de balanço e reflexão da produção arquitetônica do século XX, é fundamental para análises de movimentos e manifestações surgidas na contemporaneidade e, de certa maneira, norteia e permite um breve vislumbre de um futuro desejado. Dentre os inúmeros projetos apresentados nos espaços de intercâmbio das Bienais, se estabelece um tipo de arquitetura contrária aos padrões internacionais já consagrados pela arquitetura e crítica. Surge, portanto, a expressão "Arquitetura Culturalista", buscando explorar novas abordagens na interpretação de linguagem, materialidade e estética, resultando em edificações que se conectam profundamente com a cultura local enquanto se distanciam das teorias e leituras possíveis através do Regionalismo Crítico. Em contraste com as simplificações, assinaturas e impessoalidades do Novo Estilo Internacional, essas construções buscam estabelecer vínculos autênticos com as tradições e memória profunda, muitas vezes primitiva. No Brasil, pode-se observar que os trabalhos que manifestam a existência desse tipo de arquitetura, se diferem das linguagens adotadas e consolidadas pelas principais escolas de arquitetura do país, servindo de base para o desenvolvimento de novos caminhos para a produção contemporânea brasileira a partir da virada do milênio. No caminho do reconhecimento desta vertente, há uma grande batalha contra o apagamento de manifestações arquitetônicas contrárias ao discurso vigente e hegemônico, muitas vezes, ainda moderno, existente no Brasil. Cabe, portanto, a investigação da existência, delimitações estéticas e históricas, personagens e possibilidades de leitura, a partir da teoria crítica, com o objetivo de explicitar essas manifestações culturalistas e seus impactos na produção contemporânea brasileira. O trabalho parte do acervo de projetos, textos e documentos contidos na Fundação Bienal de São Paulo, acerca das Bienais Internacionais de Arquitetura de São Paulo, especificamente nos anos de 1997 e 1999, além de publicações de periódicos especializados que abranjam o período histórico em estudo. A partir de uma análise de toda documentação disponível, busca-se fundamentar a existência e caracterizar a Arquitetura Culturalista, bem como suas continuidades na produção arquitetônica contemporânea brasileira.

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