Keila Galon Alves da Silva
Doutorando
Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela mesma instituição. Integra o grupo de pesquisa EU:CA - Estudos Urbanos: Cultura e Arquitetura, cuja abordagem investigativa centra-se na Paisagem Cultural, com ênfase na atividade ceramista na região de Mogi Guaçu.
Suas pesquisas exploram os processos histórico-culturais e socioeconômicos relacionados à urbanização e ao ordenamento territorial, analisando a influência dessas dinâmicas na configuração da paisagem urbana local. Seus interesses de pesquisa englobam a análise das dinâmicas culturais e espaciais nas cidades, abordando temas como patrimônio cultural, identidade e memória coletiva, bem como a paisagem urbana e o planejamento territorial integrado.
Detém ampla experiência em pesquisa acadêmica e produção científica, com participação ativa em congressos e eventos especializados na área. Sua atuação abrange a elaboração de trabalhos voltados à preservação do patrimônio cultural e à valorização das paisagens urbanas. Seu trabalho busca articular teoria e prática, oferecendo contribuições ao debate sobre a relevância da preservação da paisagem cultural no contexto contemporâneo, integrando o passado ao presente e possibilitando planejar o futuro de forma mais coesa. Além disso, oferece contribuições significativas ao debate sobre políticas públicas e estratégias de planejamento urbano que favoreçam a sustentabilidade e a preservação do patrimônio histórico-cultural.
Pesquisa Atual
MITO-ARQUITEURA: O ARRANHA-CÉU NA ERA DO CAPITALISMO DE DADOS
Nesta investigação, dedicada a discussão dos arranha-céus como objeto de representação do poder corporativo em uma esfera midiática e contextualizada por um período de consolidação da acumulação do capital ocidental pós-segunda guerra mundial, têm se como prerrogativa a investigação de sua posição atual no saber tectônico atualizado pelo capitalismo de dados. Para tal, prevê-se o cruzamento teórico-reflexivo nos campos da teoria arquitetônica e na perspectiva histórica-econômica que culminou na consolidação do modelo hegemônico neoliberal aliado às grandes corporações e a materialização destes ideais através de grandes objetos arquitetônicos. Apoiada em tal reflexão, é realizada uma abordagem empírica a partir de dois estudos de caso: Uma produção selecionada do escritório brasileiro Aflalo & Gasperini nas principais localidades comerciais-financeiras da cidade de São Paulo, e a da empresa norte-americana de arquitetura Skidmore, Owings & Merril, internacionalmente difundida no meio da arquitetura corporativa, nos principais polos corporativos de Nova Iorque. Verifica-se assim, a apropriação da produção formal arquitetônica frente a uma era de dados dotada de mudanças programáticas e na criação de signos que percorrem e fomentam a criação de "arquiteturas de grife" como manifestação de acúmulo de renda e dominância da alienação do papel do arquiteto como reificação da lógica capital no espaço urbano construído.


